Publicação acadêmica é guiada por elementos artísticos e culturais e tem linguagem leve.
Produzida pelo grupo de estudos Fapesp, publicação debate temáticas sociais por meio de elementos artísticos e culturais
Entender as complexidades humanas e estender o debate por meio da arte. Esse é o objetivo da revista Alter-idades. Explorando contemporaneidades, a revista é um marco no cenário acadêmico da Católica. Já com 11 edições publicadas, a publicação aborda temáticas como ecologia, deficiência física, questões raciais e de gênero, medicina natural, literatura, e abordagens sociais diversas. Tudo isso de forma artística e leve, se diferenciando portanto de outras revistas acadêmicas.
De acordo a professora Cínthia Souza, que atua como editora-chefe da publicação, a Alter-idades surgiu do desejo em ter uma revista acadêmica que abordasse humanidades de forma literária, explorando a arte em seus temas. ‘‘O objetivo é ter um público diversificado, sem um recorte específico de idades’’, revela a docente. ‘‘Trazemos as temáticas de forma menos acadêmica, para que os leitores possam acessar os assuntos com mais facilidade’’.
Mas isso não significa que a revista deixe de lado suas bases científicas. Produzida por um grupo de docentes e ex-alunos de mestrado e de doutorado da Católica, todos integrantes do grupo de pesquisa Família, (Auto)Biografia e Poética, ou Fabep, a finalidade da publicação é dar leveza a temas de relevância social. Tudo começa com uma entrevista, que convida especialistas para abordarem determinada temática. E a partir dessa base é que o resto do conteúdo floresce, com poemas, prosas, reflexões, compartilhamento de experiências, imagens de artistas plásticos, além de indicações de livros, filmes e outros. Os assuntos são abordados também com contribuições da filosofia, medicina, psicologia, literatura, entre outras áreas. Quem se beneficia é o leitor, que tem vários recortes diferentes sobre um mesmo tema.
‘‘O maior benefício da revista é proporcionar bem-estar’’, aponta a editora-sênior, professora Elaine Rabinovich. Sendo professora-adjunta do Programa de Família na Sociedade Contemporânea da Católica de Salvador, e coordenadora do grupo de pesquisa Fapesp, ela entende que o sucesso da publicação vem justamente da boa comunicação entre os integrantes do grupo de pesquisa, que tem aproximadamente 15 anos. ‘‘São temas que emergem do grupo, que é bem diverso. A revista é produzida de forma voluntária. Nosso interesse é que ela se torne ainda mais conhecida, atingindo um número cada vez maior de pessoas’’.