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DATAS – O ALFERES, A CATÓLICA E A LIBERDADE: POEMA UNE HISTÓRIAS DE TIRADENTES E DA UCSAL

Versos celebram o 21 de Abril e reforçam a educação como caminho para a verdadeira liberdade.

A Universidade Católica do Salvador, testemunha há mais de meio séculos, das lutas por liberdade no país, na sociedade, na academia e na comunidade, decidiu prestar uma homenagem original pela celebração do 21 de Abril – Dia de Tiradentes. Em poema que une as histórias do herói da Inconfidência Mineira e da própria UCSAL, a universidade reforça o compromisso com os ideais libertários lançados pelo alferes de Minas e reforça sua crença de que a educação é hoje o único caminho para a verdadeira liberdade.

O ALFERES, A CATÓLICA E A LIBERDADE

Universidade Católica do Salvador,

Instituição de história e tradição,

Na capital baiana, berço de lutas,

Onde a liberdade é mais que questão.

Dia de Tiradentes, um herói brasileiro,

Símbolo da luta pela independência,

Sua memória ecoa pelos séculos,

Exaltando a coragem e a resistência.

E nesta terra de tantas batalhas,

A UCSal se ergue como farol,

Que ilumina a busca pelo conhecimento,

E a luta por um futuro mais igual.

Não são somente as paredes de concreto,

Que moldam essa alma universitária,

Mas a história e as vidas que por aqui passam,

Que enriquecem a luta diária.

Pois a luta pela liberdade,

Não é apenas uma conquista passada,

Mas sim um caminho a ser seguido,

Para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Que a UCSal siga sendo um lugar de resistência,

E que sua voz ecoe além das fronteiras,

Que inspire as mentes e os corações,

A lutar pela liberdade hoje e sempre.

Para saber mais: Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.

Foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. 

No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro.

Causas 

Neste  período, era grande a extração de ouro, principalmente na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem  ter pagado o imposto”) sofria duras penas, podendo até ser degredado (enviado a força para o território africano).

Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.

Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela ideias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do Brasil.

Os Inconfidentes 

O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia). 

A Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de resistência para os mineiros, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi adotada pelo estado de Minas Gerais.